Confiança
A última casinha
no fim do arraial
abriga um velho sozinho
(os filhos se mudaram,
a mulher já lhe morreu).
Ele ficou ali
a olhar o caminho
para algum lugar.
Mas ainda cuida do tempo
que amadurece todo dia
em seu quintal
e sempre diz:
enquanto Deus for servido,
eu vou tocando a vida.
E diz isso confiante
com o olhar de quem sabe
para onde.
(poema inédito em livro)
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1 comentários:
Meu querido poeta, gostaria do seu parecer.
P.S.: ... amo sua poesia!
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