Pela
etérea palhada dos meus sonhos
os
bois azuis repastam brisa e luar
e
suas leves ancas tecem danças
entre
as finas e brancas sedas do ar.
Os
longos chifres luzem nos relumbres
do
orvalho que se move devagar
e
dos úmidos olhos vagam-lumes
para
o alto, para o além, o algum lugar.
A
efêmera manada então descansa
e
nas palhas da noite se desmama
a
rarefeita sede de sonhar.
Aos
poucos a manhã azul se impõe
e
encobre a aura, e luz, e espanta o sonho:
meus
bois azuis refluem no luar.
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