FAZENDA







No fundo do quintal
corria um rego
de águas friinhas.

As galinhas bicavam
pedacinhos de águas
e agradeciam.

Os canarinhos
pintavam de amarelo
os verdes do terreiro,
pareciam árvores
bordadas de estrelas.

Eu tinha alegrias
e medos.

Um dia um beija-flor
bicou-me os dedos:

nasceu-me poesia
desde os cabelos.

0 comentários: