Ovelha Negra

 

 

O poeta vai, aos poucos,

subindo o Monte Olimpo,

tangendo seu rebanho de poemas:

 

ovelhas de lã clara,

de hábitos macios,

de olhares líricos,

de ritmados passos,

de faro altivo.

 

No entanto

no meio do rebanho

segue a ovelha negra:

 

audaz e destemida

cabeça erguida

segura em seu livre arbítrio;

 

com seu irreverente balido

protesta contra injustiças,

preconceitos, violência,

contra corruptos e milícias,

contra falsidades e preguiça.

 

E por ser distinta e insurrecta

 

é a preferida do poeta.

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