Punhais Íntimos




                                                        
Em quantas coisas

gastamos a vida:



na busca da riqueza,

na ambição desmedida,



na gula, na avareza,

nas vãs palavras, nas brigas,



nas vaidades, na incerteza,

nos ciúmes, nas intrigas.



Com quantos punhais íntimos

nos ferimos...



e somos tão fortes

que nem sentimos



as tantas pequenas mortes

em que vamos perdendo a vida.

3 comentários:

cleo disse...

Parabéns, belo trabalho!

Unknown disse...

Wilson, parabéns pela declamação de ontem na Bienal do B!
Firme, forte e arte!

Mandou muito bem!
Sucesso sempre!

Grande abraço,
Fernando Giacomitti

Cacá Pereira disse...

Wilson Pereira é um poeta do óbvio-imprevisível. É simplesmente maravilhoso ser surpreendido com sua doce ironia e suas, nossas pequenas-grandes-fundas verdades. Obrigados por tamanhas indagações e ricas descobertas, poeta. Lendo seus poemas, como Punhais íntimos e tantos outros, me sinto a angariar pequenos nascimentos, e assim vou ganhando mais vida.